Dizem por aí que a boa arte é aquele que nos toca. Uma pessoa quando passa pelas portas de um museu ou entra para uma sala de cinema não pode ser a mesma quando alcançar a porta de saída. A arte do design também é assim. Uma bela peça de decoração ou um móvel de arte tem o poder de nos provocar alguma sensação, já o trabalho do designer Tom Dixon tem o poder nos provocar várias.
Dixon é um autodidata designer britânico nascido no fim da década de 1950 que soube bem como combinar seu lado criativo com o comercial ao longo de toda sua carreira. Seu início no mundo do design foi inusitado. Motoqueiro desses apaixonados, Tom Dixon se viu com muito tempo livre quando se recuperava de um acidente que sofreu dirigindo sua motocicleta.
Matou o tempo descobrindo as técnicas da soldagem quando tentava recuperar sua moto e descobriu que não era assim tão alheio à arte quanto pensava quando abandonou a Chelsea School of Art em Londres para tocar baixo na banda ‘Funkapolitan’.
A abordagem de Dixon para projetar combinava com o clima pós-punk do início dos anos 1980. Fez nome criando e vendendo edições limitadas de seus móveis soldados. Em seguida, seu trabalho passou a ser fabricado através da Eurolounge, empresa que produziu seu trabalho junto com o de outros designers, como Michael Young. Dixon tem no currículo trabalhos criados para Jean Paul Gaultier, Ralph Lauren e Vivienne Westwood.
Dixon não trabalhou sozinho, colaborou com outros designers quando alcançou o cargo de chefe de design da Habitat, onde reeditou projetos de Verner Panton, Ettore Sottsass e Robin Day. Dixon, porém, não abandonou seus projetos como designer independente e em 2002 abriu a Tom Dixon design and manufacturing company of lighting and furniture, empresa que comanda até hoje. As criações do designer fazem parte da coleção permanente de museus renomados como o Pompidou em Paris e o Victoria & Albert Museum em Londres.
Fique um pouco com a sensação de seu trabalho…