Pinacoteca anuncia exposição de Lygia Clark

Já falamos algumas vezes, aqui no blog, sobre a importância de Lygia Clark (1920-1988), pintora e escultora brasileira que não admitia ser chamada de artista, mas sim de “propositora”. Clark transformou as possibilidades de experimentação artísticas no Brasil e no mundo.

E agora teremos uma nova chance de celebrar o legado dessa “não artista”, como ela mesma se intitulava, pois a Pinacoteca (SP) realizará a exposição “Lygia Clark: Projeto para um planeta”, com estreia marcada para 02 de março de 2024.

Assim, a mostra reunirá obras e proposições do início da década de 1950 até os anos 1980, introduzindo os principais argumentos da carreira de Lygia Clark para um público amplo e diverso, passados 18 anos desde a primeira individual da artista na Pinacoteca (Da obra ao acontecimento, 2005-2006).

Intitulada a partir de um exemplar da célebre série Bichos (déc.1960), responsável por ampliar as possibilidades da escultura moderna, tornando-a flexível e participativa, a exposição “Lygia Clark: Projeto para um planeta” estabelece um percurso que torna a experiência sensível o ponto de partida para os mais variados tipos de construção.

A exposição tem curadoria de Ana Mariana Maia, Pollyana Quintella e Jochen Volz. Conforme o site da Pinacoteca, estará aberta à visitação de 2 de março a 4 de agosto de 2024. A Pinacoteca fica localizada na Praça da Luz, em São Paulo (SP). Confira os horários de funcionamento aqui.

Sobre a artista

Nascida em 1920, em Belo Horizonte, Lygia Clark iniciou seus estudos artísticos em 1947, sob a orientação de Zélia Salgado e Roberto Burle Marx. Em 1950, mudou-se para Paris, onde foi aluna do cubista Fernand Léger. Ao retornar para o Brasil, alguns anos depois, integrou o Grupo Frente, que representou um marco do movimento construtivo da arte no país.

Ela é considerada uma das mais importantes artistas brasileiras do século 20, embora se declarasse “não artista”. Segundo ela, “a arte não consiste mais em um objeto para você olhar, achar bonito, mas para uma preparação para a vida”. Associada ao movimento neoconcretista, ela buscava a interação do público com suas obras. Lygia morreu em 1988, vítima de um ataque cardíaco.

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