A recifense Raquel Trindade (1936-2018), conhecida como Rainha Kambinda, tinha a arte em seu DNA. Filha do poeta Solano Trindade, ela se tornou um ícone da cultura afro-brasileira. A exposição “Olhares Inspirados: Raquel Trindade, Rainha Kambinda”, realizada no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, celebra o legado da artista.
O núcleo central, dedicado a Raquel, traz obras e objetos pessoas da griot – guardiã de saberes ancestrais africanos -, com curadoria da artista, educadora e doutora em Artes Visuais Renata Felinto. Os outros núcleos da mostra possuem obras de artistas negras e afro-indígenas que fazem uma releitura da vida e da obra de Raquel Trindade.
A exposição estará aberta para o público até o dia 12 de dezembro, no Sesc 24 de Maio, terça-feira a domingo. A entrada é gratuita, mas é necessário agendar a visita no site.
Sobre a artista
Raquel Trindade foi escritora, coreógrafa, artista plástica, carnavalesca, ativista contra o racismo e defensora do teatro e cultura popular afro-brasileira. Filha da coreógrafa e terapeuta Maria Margarida Trindade e do escritor Solano Trindade, foi a fundadora do Teatro Popular Solano Trindade, que se tornou um local de referência para a cultura afro-brasileira.
Conhecida como Rainha Kambinda, foi criadora da Nação Kambinda de Maracatu, oferecendo oficinas de dança e ritmos populares afro-brasileiros. Por seu reconhecimento artístico e de luta contra o racismo, entre 1987 e 1992, tornou-se também professora de temas ligados à identidade cultural afro-brasileira. Ela morreu em 2018, aos 81 anos.
Fonte: Sesc São Paulo