A ousadia do mobiliário de Oscar Niemeyer

Com certeza, quando falamos em Oscar Niemeyer, pensamos prontamente em obras arquitetônicas, como o Edifício Copan, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e os diversos palácios de Brasília. Só que ele não ficou conhecido apenas pela inovação na arquitetura brasileira, mas também por ter reproduzido esse modernismo em suas criações de mobiliário.

Curiosamente, a vontade de elaborar seu próprio mobiliário nasceu de uma frustração. Para Niemeyer, muitas vezes, o arranjo do mobiliário prejudicava completamente a arquitetura modernista e, de certa forma, desqualificando-a. 

Na década de 1970, ao lado da filha Anna Maria, Oscar Niemeyer levou à madeira as curvas que aplicava no concreto. Assim, eles projetaram o mobiliário do Palácio da Alvorada, da Sede do Partido Comunista Francês e alguns outros móveis comercializados na mesma década. Desde então, os móveis de Niemeyer foram expostos em diversos museus brasileiros e salões e feiras internacionais.

Hoje, as criações de Niemeyer são reeditadas pela ETEL, o que garante a autenticidade das peças que são todas numeradas, certificadas e trazem o selo da ETEL e da Fundação Oscar Niemeyer.

Entre os móveis reeditados mais conhecidos de Niemeyer, estão a Cadeira de Balanço Rio, que homenageia as curvas da capital; a poltrona Alta, desenvolvida especialmente para a sede do Partido Comunista Francês; e o sofá On, principal peça da linha On, criada para o Sesc de Copacabana.

Em uma visita ao Armazem AZ, a arquiteta Cláudia Zuppani mostrou algumas das peças mais icônicas de Niemeyer e falou sobre o legado do designer e arquiteto na história do móvel brasileiro. Confira o vídeo abaixo:

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