A artista sul-coreana Haegue Yang (50) se tornou uma das mais célebres de sua geração. Hoje, ela é conhecida por relacionar histórias em instalações e esculturas com o uso de materiais incomuns. Nas mãos de Yang, cabos elétricos, cabides de roupa, cortinas e até palha artificial se tornam componentes de obras que geram metáforas intrigantes e, às vezes, obscuras.
Haegue Yang se formou em Belas Artes, pela Universidade Nacional de Seul, em 1994. Alguns anos depois, ela iniciou sua carreira artística em Berlim, na Alemanha, apresentando seus trabalhos em galerias alternativas da cidade.
Principais trabalhos
Desde então, Yang não parou mais de criar e, hoje, possui mais de 1400 obras catalogadas. Além dos objetos incomuns, ela costuma fazer referências a figuras históricas e outros artistas em seus trabalhos. E, apesar de ser vista como uma “artista conceitual”, ela afirma que existem narrativas em suas obras, mas sem imposição de limites.
Migração, exílio, mobilidade social e diásporas pós-coloniais são alguns dos temas frequentemente abordados por Haegue Yang. Assim, a ligação entre esses temas, os materiais usados pela artista e as referências históricas criam histórias e contextos que compreendem e refletem o nosso tempo.
Haegue Yang já expôs em mais de 20 países e algumas de suas coleções mais famosas são “Series of Vulnerable Arrangements – Blind Room” (2006), “Multi Faith Room” (2012), “Sonic Figures” (2013) e a mais recente “Double Soul” (2022).
Haegue Yang no Brasil
Em 2006, Yang esteve na Bienal de São Paulo. Quase 17 anos depois, em 2023 ela retornará ao Brasil, desta vez como a primeira artista sul-coreana a expor na Pinacoteca, também em São Paulo. Para a ocasião, Yang propõe uma instalação composta de esculturas feitas com persianas industriais que pendem do teto, como grandes móbiles, combinadas a outras esculturas móveis situadas no chão.
Com curadoria de Jochen Volz, a mostra de Yang estreia no dia 25 de janeiro e segue até 28 de maio. Para saber mais sobre a exposição, acesse o site da Pinacoteca.
Imagem em destaque: Reprodução – Ocula