O Sítio Roberto Burle Marx, jardim brasileiro que leva o nome de um dos maiores paisagistas do século 20, foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco, na categoria paisagem natural. A propriedade em que Burle Marx viveu em seus últimos anos de vida abriga mais de 3.500 espécies de plantas, organizadas em viveiros e jardins.
A propriedade foi o lugar onde Roberto Burle Marx morou e produziu nos seus últimos 20 anos de vida. Foi aceita como Patrimônio Mundial da Unesco recentemente e agora integra os 23 bens brasileiros que estão inscritos na lista: 15 culturais, sete naturais e um misto.
O sítio fica localizado na Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro e desde 1985 é vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Hoje cumpre o papel de preservar, divulgar e pesquisar a obra de Burle Marx. Está aberto para visitação de terça-feira a sábado (exceto feriados), com ingressos a R$10.
Quem foi Roberto Burle Marx
Roberto Burle Marx foi um dos principais paisagistas do século 20, responsável por criar mais de três mil projetos de paisagismo em vários países do mundo. Foi um dos primeiros a utilizar plantas nativas brasileiras em seus projetos, catalogou novas espécimes e lutou pela preservação das florestas do país.
Ele nasceu em 1909, em São Paulo, filho de um judeu alemão e de uma pernambucana. Cresceu no Rio de Janeiro e ainda na infância começou a cultivar seus próprios jardins. Na década de 1930, estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde conviveu com Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e outros arquitetos e artistas influentes da época.
Entre as principais paisagens concebidas por Burle Marx no Brasil, estão o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte; o traçado do Calçadão de Copacabana e o paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro; os jardins do Grande Hotel de Araxá (MG) e muitos outros. O sítio Roberto Burle Marx era o “laboratório” do paisagista, que morreu em 1994.
Fonte e imagens: Site oficial