Nos Estados Unidos, apenas 0,3% dos formados em arquitetura são mulheres negras. Para reverter esse panorama, a arquiteta Tiffany Brown criou o projeto 400 Forward, que busca inspirar e orientar a próxima geração de arquitetas negras do país.
Segundo Tiffany disse ao Archdaily, a ideia nasceu quando a 400ª mulher negra foi licenciada como arquiteta nos EUA, em 2017. “O 400 Forward foi lançado após ganhar uma doação de US $ 50.000 da John S. e James L. Knight Foundation. Os suportes e bolsas de estudos de vários níveis fornecidos pelo 400 FORWARD têm como objetivo posicionar as jovens de Detroit para desenvolver seus talentos e através da incorporação da excelência artística”, explicou a arquiteta.
Para Tiffany, é preciso trazer diversidade para as empresas de arquitetura. “Precisamos investir em programas como o 400 Forward agora, para não estarmos estagnados nesta mesma posição nos próximos 50 anos”.
Arquitetas Negras
Assim como o projeto de Tiffany Brown nos EUA, no Brasil também existe uma iniciativa para dar visibilidade às mulheres negras na arquitetura, o Arquitetas Negras.
Criado pelas arquitetas Gabriela de Matos e Bárbara Oliveira, o Arquitetas Negras busca dar visibilidade à produção de mulheres negras tanto na arquitetura brasileira quanto no mercado de trabalho, investigando questões relativas à falta de representatividade. A partir do mapeamento dessa produção, cria-se uma rede para difusão e fortalecimento dessas profissionais.
“O projeto surgiu de uma inquietação pessoal e questionamento constante: onde estão as arquitetas negras, que raramente são vistas nas mostras de arquitetura e design, no mercado de trabalho, assim como nos espaços acadêmicos, publicações e registros históricos? Então, nascemos da vontade de dar visibilidade às arquitetas negras brasileiras”, disse Gabriela de Matos ao Archdaily. Para acompanhar o Arquitetas Negras, siga o projeto no Instagram.