Escultora, gravadora e artista multimídia, Iole de Freitas Nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1945. Mudou-se ainda na infância para o Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Superior de Desenho Industrial, na UERJ. No início da década de 1970, trabalhou como designer em Milão, na Itália, sob a orientação do arquiteto Hans von Klier.
Foi em 1973 que Iole começou a trabalhar com arte. Nas primeiras obras, explorava sua imagem fotografada ou filmada, abrangendo questões ligadas ao corpo e à identidade feminina. As sequências fotográficas passaram por exposições no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na Galleria Ortelli, em Milão. Nesta época, consolidou-se como uma das artistas mais instigantes do Brasil.
No início dos anos 1980, deixou a fotografia para dedicar-se às esculturas e instalações tridimensionais. Utilizando arame, fios, tubos, telas metálicas e panos, criou a mostra “Aramões”, exibida em São Paulo. Apesar dos elementos de metal, a leveza sempre esteve presente nas obras. “Eu trabalho sempre com essa questão da leveza, mas com uma tensão muito grande. Então, fica um contraponto”, disse Iole ao site Iberê Camargo.
Após ganhar uma bolsa de pesquisa no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), voltou ao Brasil para trabalhar como diretora do Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte. Também atuou como professora de escultura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Na década de 1990, começou a realizar esculturas de grandes dimensões, algumas projetadas para locais específicos. Nessas obras, ficou marcado o diálogo com o espaço e seus elementos arquitetônicos, aspectos que viriam a permear sua trajetória.
Desde então, tem realizado exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Atualmente, suas obras pertencem aos acervos de vários museus brasileiros, como o MAM/Rio de Janeiro, MAM/São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. Desde 1988, é representada pela Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo.
Aos 74 anos, Iole de Freitas continua em alta produtividade. “Estou viva, produzindo e com competência para chatear”, disse ela ao jornal O Globo. Segundo Ione, em 2020 ela presente revisitar obras dos anos 1970, trabalhando em filmes no modelo Super-8.
Confira as obras de Iole de Freitas no site da Galeria Raquel Arnaud.
Foto destaque: Folha de São Paulo