Com o tema “Comunidades Imaginadas”, a 21ª Bienal de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil traz uma nova abordagem sobre o nacionalismo e seus desdobramentos na atualidade. A exposição ocorre no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, até o dia 02 de fevereiro de 2020. No total, 55 artistas de 28 países colaboram com o evento.
A noção de patriotismo hoje, com o advento na globalização, torna-se confusa. Já não existem mais as antigas barreiras entre os países: é preciso se relacionar para existir no capitalismo. Mas, ao mesmo tempo, o nacionalismo tem ganhado força como um movimento retrógrado, de cunho xenófobo. A repulsa ao estrangeiro cresce, assim como as migrações.
Nesse contexto, a 21ª Bienal de Arte Contemporânea toma emprestado o título de um estudo de Benedict Anderson para pensar outros tipos de organizações sociais que existem para além das margens das nações: comunidades religiosas ou místicas, grupos refugiados, sociedades clandestinas, utópicas ou aquelas constituídas no universo subterrâneo das vivências sexuais.
É esse horizonte que se faz presente nas obras de autoria de artistas indígenas ou povos originários de 28 países ao redor do mundo, com trabalhos que mostram a representação dessas culturas na arte e abordam o universo queer/LGBT, questões raciais e conflitos fronteiriços. A essas obras, somam-se projetos de cinco artistas convidados: Andrea Tonacci, Hrair Sarkissian, Teresa Margolles, Rosana Paulino e Thierry Oussou.
A Bienal se desdobra em três plataformas: exposição e filmes, programas públicos e publicações. A direção artística é de Solange O. Farkas, e os curadores são Gabriel Bogossian, Luisa Duarte e Miguel A. Lopez. Para conferir toda a programação da 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, clique aqui.
Fonte: Site do evento