Arquiteto brasileiro fica entre os finalistas em premiação da ONU

A região semiárida, que ocupa cerca de 12% do território brasileiro, é caracterizada pelos longos períodos de estiagem e altas temperaturas. As pessoas que vivem nessa região, espalhada principalmente nos estados do Nordeste e em Minas Gerais, sofrem anualmente com as condições climáticas.

Pensando em seu povo, o arquiteto cearense Bernardo Andrade desenvolveu a “Casa do Semiárido”, projeto sustentável escolhido como um dos cinco finalistas do prêmio global Jovens Campeões da Terra, da ONU Meio Ambiente. A construção projetada por Bernardo é de baixo custo e prioriza o uso de materiais locais, como madeira e terra. Além disso, o projeto propõe a reutilização da água, recurso escasso na região.

O protótipo da “Casa do Semiárido” será construído no município de Pentecoste, a cerca de 91 km da capital Fortaleza, e será entregue a uma família de três pessoas da comunidade Riacho da Porta. Com impacto ambiental mínimo, a construção utiliza técnicas sustentáveis, como taipa de pilão, taipa de mão e tijolo de adobe.

“Decidi fazer uso de meu conhecimento para tentar introduzir aspectos sustentáveis no Semiário. A escassez de água é provavelmente o maior problema da região. Assim, ao planejarmos a casa modelo, pensamos em expandir os reservatórios tradicionais de captação de água. Também criamos mecanismos para armazenar e reutilizar este recurso”, disse Bernardo ao site Ciclo Vivo.

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