Foi inaugurada, no dia 20 de outubro, a primeira exposição exclusiva do artista plástico Ai Weiwei, que ocupa 8 mil metros quadrados da Oca no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Intitulada “Raiz Weiwei” e com curadoria de Marcelo Dantas, a mostra é também a maior retrospectiva realizada pelo artista e tem como objetivo apresentar sua história por meio dos seus trabalhos mais icônicos, além de obras inéditas produzidas em uma imersão por diversas regiões do Brasil.
Na retrospectiva, entre as principais obras expostas, destacam-se “Sunflower Seeds” (Sementes de girassol), composta por sementes de porcelana pintadas à mão por artesãos chineses; “Straight” (Reto), uma instalação com 164 toneladas de vergalhões de aço que sobraram dos escombros de uma escola, após um forte terremoto na China, em 2008; e “Forever Bicycles” (Para sempre bicicletas), uma obra arquitetônica que tem bicicletas como blocos de construção.
Para criar as peças inéditas, produzidas com artesãos brasileiros, a equipe de Weiwei organizou oficinas em diversos lugares do Brasil. Artesãos de Juazeiro do Norte (CE), por exemplo, fizeram uma instalação com couro e o alfabeto armorial, de Ariano Suassuna, com mais de uma tonelada de sementes de cabra. Durante o trabalho, Weiwei entrou em contato com comunidades, artistas e manifestações culturais do Brasil.
Ai Weiwei é famoso não só por suas obras surpreendentes, mas também por suas críticas ao regime totalitário da China. Ele foi preso em 2011, ficou desaparecido por 80 dias e viveu em prisão domiciliar até 2015, quando recuperou seu passaporte e passou a viver fora da China, em “exílio voluntário”.
A exposição fica em cartaz até o dia 20 de janeiro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Os ingressos estão à venda por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). A visita só não será possível às segundas-feiras e nos feriados de Natal e Ano Novo.