Fotógrafo brasileiro registrou em livro o desastre de Mariana, em Minas Gerais

Há quase três anos, em novembro de 2015, duas barragens da mineradora Samarco se romperam na cidade de Mariana (MG), assolando a cidade e regiões vizinhas com lama e detritos de mineração. Com muita sensibilidade, o fotógrafo Christian Cravo registrou a tragédia e lançou, em 2016, o livro Mariana.

Nas palavras do jornalista Patrick Brock, o ato de registrar as ruínas de Mariana representa não só uma documentação do horror, mas também torna o ocorrido menos impessoal. “Documentar seus retratos borrados, artigos pessoais manchados e casas destruídas é como relembrar as vítimas na retina de quem vê seus fragmentos. É como dizer aos que perderam entes queridos ou suas casas que sim, a vida deles vale algo, muito mais que uma sirene ou bilhões de dólares”.

O livro ‘MARIANA”, de Christian Cravo, mostra que essa tragédia, que desabrigou 600 pessoas e matou outras 17, não deve ser esquecida. Confira algumas fotos:

 

O fotógrafo

Christian nasceu em 1974, filho de mãe dinamarquesa e pai brasileiro. Passou a infância em Salvador, na Bahia, e conheceu o mundo das artes desde cedo. Na adolescência, morou na Dinamarca, onde começou a conhecer a fotografia. Em 1993, interrompeu a carreira para cumprir serviço militar e, aos 22 anos, retornou ao Brasil e aperfeiçoou suas técnicas de fotografia.

Ao longo de sua carreira, viu seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior, expondo em São Paulo, Brasília, Nova York, Copenhague e Paris. Recebeu prêmios do Museu de Arte Moderna da Bahia e do Mother Jones International Fund for Documentary Photography.

Além de “MARIANA”, teve outros livros publicados, como “Irredentos” (2000), “Roma noire, ville métisse” (2005), “Nos Jardins do Éden” (2010), “Exú Iluminado” (2012) e “Christian Cravo” (2014).

Fonte: Site oficial do fotógrafo

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