Pedra no Céu: Paulo Mendes da Rocha

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Paulo Mendes da Rocha é um dos arquitetos mais premiados do Brasil. Seu trabalho cruzou fronteiras, suas linhas marcam a história da arquitetura e seu nome é conhecido nos quatro cantos do mundo. É por isto que o designer, arquiteto e professor da USP ganha uma homenagem de dentro de um dos prédios que carrega seu design: a exposição Pedra no Céu realizada pelo Museu Brasileiro da Escultura (Mube) até o dia 2 de julho em São Paulo.

Pedra no Céu é uma alusão às pedras levantadas no céu pelo arquiteto, como a própria sede Mube. A exposição traz mais de 50 obras de 25 artistas que de alguma forma dialogam com o trabalho de Paulo Mendes, como Amilcar de Castro, Carmela Gross, Cildo Meireles e Nuno Ramos. Parte do acervo do Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova York, a maquete do Mube também está na exposição.

“A nossa proposta, ao pensar esta mostra, foi homenagear o trabalho de Paulo Mendes da Rocha”, explicou historiador de arte Cauê Alves, curador da mostra. “Paulo é autor do prédio do Mube, que é um dos dez prédios mais importantes da arquitetura brutalista do mundo”, lembrou.

Segundo os curadores Guilherme Wisnik  e Alves, a mostra se aproxima das referências artísticas de Paulo Mendes da Rocha e de diálogos que ele estabeleceu entre o seu projeto e a produção de artistas como René Magritte e Henry Moore. “A exposição também explora relações entre o museu e a produção contemporânea, seja a partir de contrastes ou de consonâncias. Trabalhos tridimensionais, fotografias, pinturas e desenhos de diversos artistas que se relacionam com arquitetura e elementos estruturais do prédio do museu, como a marquise, as paredes de concreto e a paisagem, estão exibidos”, concluíram.

Paulo Mendes

Capixaba de nascença e paulistano de vivência, Paulo Mendes da Rocha pertence a um seleto grupo de arquitetos modernistas que movimentaram o design nacional, no Brasil e no exterior. Paulo assumiu uma posição de destaque a partir do premio Pritkzer que recebeu em 2006 e assinou projetos de renome na arquitetura nacional, como o pórtico da praça Patriarca, a reforma da Estação da Luz e o ginásio do Clube Paulistano, além do já mencionado museu Brasileiro da Escultura (Mube).

Graduado em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, desde o início de sua carreira Paulo valorizou uma arquitetura “crua, limpa e clara”, característica que imprimiu também em seus mobiliários. É por esta razão que Paulo é considerado, ao lado de Vilanova Artigas e Le Corbusier, um dos grandes nomes do modernismo.

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