Sabe aquelas mesas redondas com pés em aço que costumamos ver por ai? Ela tem nome e sobrenome. Warren Platner para ser mais específico. Falamos muito no design modernista brasileiro e nos nomes e móveis do início da segunda metade do século 20. Platner também representa esse momento do design, só que em âmbito internacional.
O designer aproveitou-se do clássico, sobretudo nos móveis vitorianos franceses, para trazer para a modernidade aquilo que faziam nos séculos 14 e 15. “Eu sentia que havia espaço para o tipo de decoração e design de formas suaves e graciosas que surgiu em um estilo da época, como Luis XV”, explicou certa vez o designer.
Com isso, Warren Platner trouxe para sua criação a exuberância do mobiliário daquela época, aliando formas orgânicas a rigidez do aço. O arquiteto norte-americano formou-se pela Universidade de Cornell e iniciou sua carreira trabalhando no escritório dos lendários designers Eero Saarinen e IM Pei. Em 1967 fundou seu próprio espaço de criação, dedicado ao designer e à arquitetura, projetando de mobiliário a interiores de residências e comércios.
No design, concentrou-se na ideia de criar móveis com fios de aço até chegar à linha de cadeiras, mesas, poltronas e longue chair que deu maior visibilidade ao seu trabalho – são peças que se repousam em uma base de aço niquelado. As cadeiras Platner, por exemplo, foram desenhadas na década de 1960, junto com a equipe da Knoll. Uma peça robusta que, na companhia das mesas em aço, se impõe no ambiente.
Na arquitetura, Platner acreditava que um edifício não era uma peça para se encaixar na paisagem urbana. Segundo o arquiteto, as edificações devem nascer de dentro para fora. Ou seja, ele primeiro pensava no que o espaço interno daquele ambiente pode trazer de comodidade e conforto e só em seguida projetava as formas que ele daria para as cidades.