Em um ímpeto de criticar a sociedade burguesa e as formas tradicionais de arte, as mulheres nada comuns acabaram sendo associadas e se associando ao surrealismo. Foi o que aconteceu com a mexicana Frida Kahlo que será tema de uma das maiores exposições que chega a São Paulo este ano.
A exposição “Frida Kahlo – conexões entre mulheres surrealistas no México” substitui a mostra de Joan Miró que fica montada até o dia 23 deste mês no Instituto Tomie Ohtake na capital paulista. De 27 de setembro a 10 de janeiro de 2016, a cidade recebe então a megaexposição, que seguirá para o Rio de Janeiro e Brasília.
Além de contemplar a vida artística da pintora mexicana Frida Kahlo (1907 – 1954), a mostra também apresentará ao público pinturas de Maria Izquierdo, Remedios Varo, Lenora Carrington e outras artistas mexicanas.
Frida Kahlo teve uma vida sofrida, mas é uma das imagens que estampa a bandeira das feministas. Em 1938 o francês Andre Breton qualificou sua obra como surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova York, mas ela afirmou mais tarde que não era uma surrealista. “Eu pintava a minha própria realidade”.
Por Bárbara Alves