Foi entre os vidros e a natureza que um dos maiores arquitetos norte-americanos imortalizou o seu nome e consolidou a sua carreira. Philip Cortelyou Johnson faleceu aos 98 anos de idade deixando para trás uma coleção de mais de duas mil obras, a Glass House entre elas. Entre aço, cimento e muito vidro, Philip Johnson projetou a sua residência privada que se tornou um inegável patrimônio histórico e cultural.
Inspirada na residência Farnsworth (também conhecida como a casa de vidro de Mies van der Rohe), a Casa de Vidro foi um dos poucos projetos modernistas da carreira de Philip. Nos 170 m² somente não foi erguido com parede de vidro o espaço reservado ao banheiro. Os ambientes internos não possuem divisórias e a casa é cercada por natureza.
A propriedade, localizada em New Canaan no estado de Connecticut, possui 20 hectares e ganhou também duas galerias subterrâneas – uma delas com teto de vidro – e um pavilhão ao lado do lago. Ao falar sobre o projeto, que foi desenhado mais de 15 vezes, o arquiteto defendeu a importância da escolha do terreno. “Uma casa sempre deve ser construída sobre uma elevação, pois os bons espíritos serão capturados pela colina que está por trás da casa”, contou no livro Philip Johnson: The Architect in His Own Words.
Anos antes de falecer em 2005, Johnson doou toda a propriedade para o National Trust for Historic Preservation. Atualmente, o lugar foi transformado em santuário da arquitetura. “Ele queria que o lugar continuasse vivo de uma forma criativa, sofisticada e divertida”, explicou Henry Urbach, diretor da Casa de Vidro. É que atualmente a Casa recebe cerca de 13 mil visitantes anualmente, sendo possível inclusive uma diária da Casa. Mas o luxo não sai barato e se hospedar na Glass House exige o desembolso de nada menos que 30 mil dólares pelo passeio.