Alquimia é a ciência antiga e quase mística que combinava elementos da química, antropologia, astrologia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião. É com esse mesmo sincretismo criativo que o pernambucano Tunga orienta sua arte. Tunga se autodeclara um velho leitor de textos sobre alquimia. “Obviamente não pretendo achar o ouro no meio de meu trabalho. A alquimia é apenas uma metáfora”, explicou em entrevista para a ISTOÉ em 2010.
Tunga, ou Antônio José de Barros de Carvalho e Mello Mourão, nasceu em 1952 na cidade de Palmeiras, interior de Pernambuco, mas vive atualmente no Rio de Janeiro. Formado em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, atualmente o artista é escultor, desenhista e ator de performance.
Seu trabalho, sempre inusitado, já foi exposto em grandes museus, como o Moma em Nova York e o Louvre em Paris. Após passear pelo mundo é que algumas de suas obras foram expostas pela primeira vez no Brasil, como a instalação À La Lumiere de Deux Mondes (A luz em dois mundos) que chegou ao Brasil apenas em 2010, cinco anos após desfilar na capital francesa.
Ferro, tecido, vidro e até moscas (sim, o inseto)… tudo serve de matéria prima para as criações de Tunga. O artista inova desde sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1974. Neste ano, Tunga exibiu aquarelas com pães velhos e pedaços de algodão. Seu trabalho é de difícil definição, apenas um olhar atento para a boa arte pode sentir o que faz o artista.