O lançamento do livro Jorge Zalszupin – Design Moderno no Brasil, de Maria Cecília Loschiavo, reuniu arquitetos e designers no espaço do Armazém da Decoração esta noite em um evento muito descontraído. Foi com essa mesma descontração e com toda a sua simpatia que a autora da obra dedicou seu livro aos presentes e conversou com o Blog AZ.
Pela primeira vez em Goiânia, Maria Cecília é professora titular de Design na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Maria Cecília é autora de diversos livros, entre eles Móvel Moderno no Brasil. Foi pesquisadora visitante em diversos programas de pós-doutorado em instituições como a Universidade de Califórnia, Los Angeles, Universidade Nihon, Tóquio, e Centro Canadense de Arquitetura, Montreal e falou mais sobre seu trabalho enquanto autografava seu novo lançamento.
O design no Brasil tem grandes nomes e o modernismo é representado por muitos deles, como surgiu o interesse no trabalho de Jorge Zalszupin?
Eu comecei a me especializar nessa área ainda em 1978 e acabei conhecendo muitos nomes de designers que nasceram no âmbito da tradição artesanal, da técnica e do trabalho em madeira nas décadas de 1950 e 1960. Todos estacam vivos à época e me forneceram um vasto material, especialmente sobre Zalszupin. Com aquele material, eu percebi que tinha em mãos algo que me possibilitaria aumentar a pouca bibliografia que existe sobre o mobiliário modernista e sobre o próprio Jorge Zalszupin.
Como sua formação em Filosofia está relacionada ao Design?
A Filosofia é uma ciência com um campo muito amplo e interrogante diante do mundo. Dentro dessas possibilidades passei a estudar a filosofia por meio dos aspectos da cultura material no âmbito da Estética, concentrando minha atenção sobre o design. A filosofia do pondo de vista da arte e do que é o belo me possibilitou especializar meu trabalho no mobiliário e especialmente no mobiliário brasileiro que era ainda mais carente de bibliografia naquela época do que hoje.
Como foi o desenvolvimento desse trabalho?
Foi muito bacana. O livro é um trabalho 242 páginas ilustrado com cerca de 300 imagens, entre reproduções de catálogos, anúncios de época e fotos atuais. A grande maioria das entrevistas que me baseie foram realizadas ainda na década de 1980. Outro material que foi importante para a construção da obra foi o manuscrito de Zalszupin chamado De * pra lua.