A selva poética de Henrique Oliveira

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Visto de cima, o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC) mais parece o cenário do filme Jumanji (1995), estrelado por Robin Williams e Kirsten Dunst, que conta a história de dois garotos que descobrem um jogo de tabuleiro com a temática da selva. A cada dado rolado sobre o tabuleiro, a floresta invade a mansão onde se passa a história.

Assim como no filme, estruturas cheias de galhos que parecem um resto de floresta tomaram a sala modernista de 1600m² projetada por Oscar Niemeyer. Essa selva é, na verdade, a Transarquitetônica, exposição criada por Henrique Oliveira inaugurada no dia 26 de abril deste ano no interior do MAC USP.

O artista propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura e do racionalismo das últimas décadas aos abrigos e cavernas do passado. Graduado em artes plásticas e mestre em poéticas visuais, Henrique Oliveira é conhecido por desperta no público as mais distintas sensações por meio de suas exposições.

Para representar bem a história da arquitetura, o artista utiliza diversos materiais em suas instalações. É um projeto que reúne escultura e pintura, oferecendo estímulos diversos que o visitante recebe ao percorrer o trabalho, que demorou dois meses para ficar pronto.

Segundo Tadeu Chiarelli, diretor do MAC USP e curador da exposição, a “Transarquitetônica recupera a dimensão narrativa presente em alguns (poucos) trabalhos anteriores de Henrique Oliveira e, numa proporção que busca o épico, repropõe a fusão entre as mais diversas modalidades artísticas”, explicou. A exposição permanece até 30 de novembro, aberta ao público às terças-feiras das 10 às 21 horas e de quarta a domingo das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita.

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