Foi com os olhos de um menino de quinze anos de idade que do outro lado da vitrine de uma livraria o pequeno Jorge Zalszupin enxergou a arquitetura com outro olhar. O olhar encantado de Jorge para aquele livro com as pequenas letras LC (Le Corbusier) impressas em dourado na capa de juta aproximou o rapaz da profissão que ele seguiria em uma carreira de sucesso. E do outro lado do oceano.
Jorge nasceu em 1922 na Polônia, mas não ficou muitos anos nas terras geladas de seu país. Em 1945 o arquiteto terminou os estudos e o mundo terminava mais uma guerra mundial. Em meio às destruições, Jorge decidiu construir longe dali. Seguiu para a França, mas veio parar no Brasil. Foi em terras tupiniquins que o arquiteto de tão longe encontrou terreno fértil para criar. Sua marca L´Atelier espalhou-se por quase todo o Brasil, assim como o seu nome. Jorge Zalszupin entrou com tudo no mercado de criação de móveis. Abusou da madeira que o Brasil podia lhe fornecer e desenvolveu um trabalho primoroso, cheio de traços marcantes.
As ideias borbulhavam em um período onde o moderno e o contemporâneo se encontrava. A onda desenvolvimentista no Brasil pós-guerra era a condição ideal para que Jorge desenvolvesse sua arquitetura poética, sensual e fora do comum. Não deu outra, suas criações foram muito bem aceitas pelas cabeças mais abertas. Com o nascimento de Brasília, a capital da modernidade, o nome de Jorge Zalszupin não poderia ficar de fora. Sua entrada da criação de móveis foi quase que natural e seus objetos de design passaram a fazer parte de quase todos os prédios oficiais do governo na recém-nascida Brasília.
A arquitetura impar de Jorge Zalszupin só poderia estar associado à uma marca tão impar quanto o seu trabalho. Os móveis do designer foram reeditadas pela ETEL e Jorge Zalszupin é mais um grande nome que integra a lista de peso dos designers da marca. Para você conhecer um pouco mais de perto o trabalho de Zalszupin, o Design é Meu Mundo passa um mel da boca com algumas imagens de seu talentoso trabalho. O que acham? Um luxo, não?!